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 anonimo - luciano tadeu

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Mensagem anonimo - luciano tadeu EmptySeg 2 Dez 2013 - 15:16

olá a todos, meu nome é luciano tadeu, tenho 29 anos moro em Guariba interior de SP, sou budista theravada, meu primeiro retiro de meditação foi em 2006 e desde de lá sempre que possivel faço retiros e as vezes me dedico mais intensamente a prática e outras vezes acabo parando, mas depois volto e assim vai. então é isso. boa prática e estudos pra todos nós. abraços.
Quem quiser me adicionar pra bater papo sobre budismo meu skype é lukianotadeu e meu facebook é: https://www.facebook.com/luciano.tadeu.355?ref=tn_tnmn.


Última edição por luciano tadeu em Sáb 4 Jan 2014 - 17:07, editado 1 vez(es)
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Mensagem anonimo - luciano tadeu EmptySeg 2 Dez 2013 - 20:58

Olá anonimo (Luciano Tadeu), seja bem-vindo ao Fórum Sangha Online! Bem-vindo! 
Você parece ser dedicado à meditação. Quando você diz que às vezes a prática para, você se refere à meditação formal? Às vezes eu tenho muito tempo para meditar, às vezes surge um dia aqui ou ali que não arrumo tempo para a meditação, mas ainda assim sinto minha Atenção Plena trabalhando no dia a dia rs.
Ajahn Chah dizia algo relacionado a isso - não queime apenas suas kilesas (contaminações) na meditação sentada, mas nas 4 posições e em todas as tarefas do dia a dia e da vida, seja ela monástica ou laica! Eu lembro que Ajahn Brahm passou tempos difíceis na construção do Monastério na Austrália, trabalhando o dia inteiro. Quando ele encontrou tempo para meditar, teve uma meditação maravilhosa. Ele diz que isso foi porque estava produzindo muito bom kamma ao construir um local para a prática do Budismo, além de que ele fora bem condicionado por Ajahn Chah a sempre estar plenamente atento ao que se está fazendo. Dessa maneira a prática não regride mesmo que não se faça meditação sentada. Então, se acontecer da prática sentada formal decair às vezes, esteja plenamente atento a isso! rs
Mas se a prática da Atenção Plena nas 4 posições parar e voltar, aí eu acho que fica mais difícil, o que acha?! rsrs
Boa prática e estudos a todos nós!² Grato 
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Mensagem anonimo - luciano tadeu EmptySeg 23 Dez 2013 - 18:22

Oi Administrador, perdão pela demora em responder. Eu concordo totalmente com você. Alias os seus comentários são sempre muito bons. é que eu acabo parando com o cultivo da atenção plena no dia a dia e a meditação formal tambem. Realmente o desenvolvimento da atenção plena é a prática mesmo. Obrigado por perguntar, abraços e até mais.
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Mensagem anonimo - luciano tadeu EmptyQui 26 Dez 2013 - 8:27

É complicado mesmo... No começo eu só praticava quando fazia meditação sentada, atualmente eu pratico tanto diariamente quanto na meditação sentada, o problema que encontro é nos momentos de trabalho ou cansaço, porque a mente não quer ficar atenta a sensação de cansaço, mas é tudo condicionamento!
Esses dias mesmo eu estava ajudando a arrumar várias coisas aqui em casa e a minha mente ficava desviando a todo o momento para fantasias ou memórias. Antigamente eu brigava com a minha Atenção Plena, ficando irritado que ela não se estabelecia, mas eu percebi que isso não funciona. O que tem funcionado para mim é o que o Buda diz no Tapussa Sutta direcionado para essa prática diária, além de alguns ensinamentos especialmente do Ajahn Brahmavamso. Vou compartilhar com você, quem sabe te sejam úteis. Primeiro, no Tapussa Sutta o Buddha diz:
[Buda]: "Então o pensamento me ocorreu: ‘Se, tendo visto as desvantagens dos prazeres sensuais, eu insistisse nesse tema; e se, tendo entendido as recompensas da renúncia, eu me familiarizasse com isso, existiria a possibilidade de que meu coração ficasse excitado com a renúncia, ganhasse confiança, decisão e firmeza, vendo-a como estar em paz.’"
Para mim isso é um grande exemplo de como o Buda sabia como a mente funcionava por experiência, mais do que grandes psicólogos por aí [rs]. Podemos encaixar isso em toda a prática budista-  no próprio Sutta, o Buda mostra como essa prática orienta ao abandono contínuo de novas realizações até Nibbana. Podemos colocar assim:
- reconhecer desvantagens do Apego;
- se familiarizar com as recompensas da Renúncia.
Quando usamos o Poder da Reflexão nesses assuntos continuamente, estamos praticando Esforço Correto! E isso faz cada vez mais que a mente se incline para o caminho correto.
Então, o que eu tenho feito é conciliar ambas as práticas. Antigamente eu fazia só a primeira, mas isso faz a prática ficar maçante [rs]. É como obrigar uma criança a tomar um remédio desgostoso sem explicar a ela que aquilo é para o bem da saúde dela. Quando você explica isso, a criança compreende porque precisa beber aquilo, e ela se inclina a enfrentar aquele desconforto - com a mente eu vejo a mesma coisa.
Se você ficar tentando toda a hora colocar a mente no lugar mas sem colocar alegria nisso, uma hora você vai cansar de praticar ou não vai conseguir sustenta-la. Você consegue aplicar (Vitakka) mas não consegue sustentar (Vicara).
Aqui eu me lembro de Ajahn Brahm, que diz que o que mantém a mente na respiração é justamente a Alegria. Você pode aplicar (Vitakka) a atenção na respiração toda a hora, mas se não houver alegria, essa é a única coisa que você vai fazer - mente escapou, você a coloca na respiração, escapou, respiração, escapou, respiração... Tem que ficar aplicando toda hora, mas se você não sustenta (Vicara) a respiração, não consegue permanecer com ela sem se distrair, não surge Êxtase (Piti), não tem Sukha, e assim vai... Então, você tem de estar alegre em estar plenamente atento. Você precisa reconhecer que a Atenção Plena é uma grande amiga, um grande refúgio de viver desatento e vulnerável ao sofrimento. Então, você reconhece o perigo de estar desatento mas também as recompensas de se estar plenamente presente - refletindo sobre isso continuamente a mente começa a se inclinar a isso.
Então, o que tem me ajudado muito a aplicar e sustentar a Atenção Plena no  dia a dia, especialmente em situações cansativas e de trabalho, é reconhecer as desvantagens do Apego e familiarizar com as recompensas da Renúncia. Afinal, por que é que minha mente se distrai quando estou trabalhando ou quando estou num lugar que não gosto, ou conversando com alguém que desgosto? Porque a situação presente é tão desgostosa, que ela acha que o passado ou futuro são mais agradáveis. Então, eu costumo reconhecer o perigo disso, primariamente através de duas reflexões:
Reflexão do Sofrimento naquilo que é impermanente: "Quando um bhikkhu com frequência cultiva a percepção do sofrimento naquilo que é impermanente, uma aguçada percepção do perigo e temor é estabelecida nele em relação à letargia, indolência, preguiça, negligência, falta de determinação e desatenção, como em relação a um assassino com a espada levantada."
Reflexão da Morte, que é marcante especialmente se você tem fé no Renascimento. Quando você reflete que não sabe quando vai morrer, em que renascerá e que pode continuar a seguir seus gostos e desgostos, estando plenamente atento só em momentos agradáveis e se distraindo nos desagradáveis, só que sem saber em que reino fará isso, se será como um humano, animal ou até no inferno, você percebe que seguir seus condicionamentos simplesmente não o leva a lugar algum, só te agrilhoa no Samsara, só te envolve em círculos. Ou você faz o esforço agora, ou lá na frente - mas quando será que você terá a oportunidade de encontrar o Dhamma de novo?
Aqui: http://www.acessoaoinsight.net/arquivo_textos_theravada/cinco_obstaculos.php#T223; há reflexões boas não só a meditação mas também aplicáveis à prática diária. Mas eu me resumo a Contemplação da Impermanência, Sofrimento e Morte para ver os perigos.
Então, eu reflito sobre isso - e nesses casos um pouco de pensamento é útil - e "coloco a mente no lugar" com um sorriso ou um sentimento de gratidão. Eu penso algo do tipo: "Portanto, devo estar plenamente presente no aqui e agora. Isso é o que conduz a minha felicidade e de outros seres. Isso é o que me conduzirá a Nibbana. Estar plenamente presente no agora, contente com o que quer que esteja, é o verdadeiro refúgio."
Eu acho muito importante combinar essas duas reflexões uma atrás da outra dessa forma. Você vê o perigo de estar desatento, estabelece Sati reconhecendo a alegria naquilo. Se você fizer isso continuamente, a mente vai começar a se inclinar a Sati, porque você ensinou para ela que aquilo é felicidade. Fugir de momentos desagradáveis do agora através da fantasia não é felicidade - a mente pensa que é, mas não é! O Contentamento Genuíno é encontrar o refúgio em Sati, o refúgio interior, independente do que há fora, se há silêncio, se há pessoas, se há elogios, se há ofensas, se você está descansando ou trabalhando.
E como diz Ajahn Brahm, "not will power, but wisdom power". Eu venho me lembrando disso continuamente para parar de forçar a Atenção Plena com Má Vontade como eu fazia antes. Essa frase significa "não pela força de vontade, mas pela força da sabedoria", isto é, não devemos treinar a mente com força - "Fique atenta à respiração! ATENÇÃO! VOLTE A RESPIRAÇÃO E FIQUE NELA!!!", mas com entendimento, precisamos ensinar a mente: isso é sofrimento, isso é impermanente, isso é prejudicial a mim e aos outros... Isso é felicidade, isso orienta a cessação das formações impermanentes, isso é benéfico a mim e aos outros... Devemos ensinar continuamente e, assim, a mente vai inclinando sozinha. Além disso, não devemos alimentar descontentamento "Eu refleti, mostrei as desvantagens e depois as recompensas, mas por que Samadhi não surge?", devemos parar de praticar por algo em troca na forma de expectativa. Devemos parar de praticar para a mente ficar quieta ou Samadhi vir - simplesmente fique contente porque você percebeu, largou e agora está plenamente presente: "Vocês podem ficar aí latejando, kilesas (contaminações), só que agora não me envolverei. Estou plenamente presente, e permito que vocês cessem quando for a hora de vocês." Essa é uma coisa complicada, hoje mesmo meio que esqueci disso e fiquei tentando forçar Samadhi vir enquanto eu estava esperando uma pessoa até que eu percebi que a reflexão estava tendo expectativa - a única expectativa é refletir das desvantagens e recompensas e estar plenamente consciente, só isso. Se há silêncio, kilesas ou seja lá o que for ali, apenas deixe ali até cessar.
No final das contas eu tenho visto que isso é que é Esforço Correto. É "colocar a mente no lugar através da reflexão contínua". Se você for olhar na prática, as várias reflexões que o Buda ensinou, como reflexão da Morte, Impermanência, desvantagens da Raiva (ou Metta), Repulsivo e outros é justamente evitar contaminações que não surgiram, expulsar contaminações que tenham surgido, "fazer" (sem forçar) surgir estados benéficos que não surgiram e sustentar aqueles que já surgiram - ou seja, os 4 Esforços Corretos.
Isso tudo tem funcionado bastante na minha prática diária - mesmo nos momentos cansativos em que eu queria me distrair e trabalhar no piloto automático minha Atenção Plena está começando a funcionar. Experimente refletir sobre a Morte ou a Impermanência quando a mente se distrair e então repousá-la no silêncio ou no presente, mas atento as sensações por meio dos sentidos que você tem durante o dia a dia. Busque estimular alegria por estar plenamente atento - independente se há pensamentos (não é que você está acolhendo os pensamentos, mas você também não está tentando expulsá-los) ou um silêncio sublime. Isso é superficial no começo, mas com continuidade realmente surge uma alegria por estar presente mesmo em momentos desagradáveis. Feliz 
Como dizia Ajahn Chah, a prática ocorre onde os seis sentidos fazem contato. Onde a visão percebe uma imagem desagradável, o paladar percebe um sabor agradável, a mente percebe uma formação indo para o passado ou futuro... Em todos estes instantes temos a oportunidade de construir o refúgio na Renúncia, ou como dizia Ajahn Brahmavamso, tudo tem natureza Buddha no sentido de que tudo tem potencial de nos despertar, tudo está nos ensinando o Dhamma, qualquer coisa ou momento pode trazer um Insight. Basta estarmos plenamente atentos.  Grato 
Para isso é necessário essas reflexões constantes. Bom, é uma opinião, tente porque eu tenho visto que funciona! A mente se distraiu: "Cuidado! Isso é perigoso! Isso traz muito sofrimento! Se você ficar escapando dos momentos ruins com fantasias, vai continuar fazendo isso até quando? Vai passar vidas e vidas assim? Nem momentos bons nem ruins são permanentes, todos passam. Se você não aprender a estar Contente em momentos desagradáveis, o Contentamento será fragmentado, porque momentos agradáveis e desagradáveis são intercambiáveis.", aí você sente que o Apego afrouxou e a mente meio que silencia e solta um pouco as fantasias. É meio difícil escrever essa sensação, é preciso sensibilidade para perceber essa mudança que a mente passa quando você alerta ela. Mas quando perceber isso sorria, agradeça, reconheça a grandiosidade dos ensinamentos do Buddha, a grandiosidade do Dhamma, ou o grande refúgio que é o Desapego: "Isso sim é a escapatória do Samsara, isso sim é a alegria que independe do que é externo, independe do que é impermanente. Se minha felicidade depender de coisas impermanentes, nunca serei feliz. Portanto, me refugio na renúncia.". Dez segundos depois, a mente escapa de novo [rs]. Nesses casos não precisa pensar tudo de novo, ou refletir tudo de novo, é só "colocar ela no lugar". Mas tem que ir praticando para ver como funciona com você mesmo. Com meses de prática você sempre vai aperfeiçoando o método que você usa.
Mas seja lá o que você fizer, sempre veja a alegria nisso. Como Bhante Mudito diz em vários áudios dele disponibilizados no Casa de Dharma, "Onde você busca felicidade?" - ensine a mente a encontrar felicidade no lugar certo! Se for procurar em coisas impermanentes, não funciona - tem que procurar na renúncia, que é uma coisa que pode ser constante e que orienta a algo (Sabedoria) que leva a um "fim" (Nibbana), e não a círculos intermináveis. Mas sempre veja a alegria, se não a prática perderá o sentido ou se tornará desgastante.
Eu sempre comparo ensinar a mente a ensinar uma criança - você não pode ficar muito em cima com rédea curta senão a criança se tornará uma rebelde (no caso a criança é a mente). Mas também não pode deixa-la solta, senão ela fará várias coisas erradas por não ter orientação. Quando ela fizer algo errado, você precisa conversar com ela com firmeza, mas sem raiva ou impaciência; isto é, reflita na morte com franqueza, reconheça o perigo das coisas com honestidade, mas não tente forçar a mente "Está vendo? A morte virá a qualquer momento. Fique atenta AGORA!", você tem que ensinar a criança e "soltá-la". Isso tudo eu tirei de assistir muito Supernanny rsrs. O que se ensina nesses programas? Quando a criança acertar algo, comemore com ela, porque ela associará alegria com fazer coisas certas, com "obedecer os pais". Por isso que quando a mente estiver plenamente presente, "comemore", sinta-se feliz, e a mente aprenderá aos poucos o que ela deve repetir. Nisso, é importante reconhecer sempre as pequenas conquistas. Os pequenos momentos de Atenção Plena devem ser reconhecidos, estimados, e assim a mente irá para eles cada vez mais, porque ela está sendo ensinada que é agora ali que está a felicidade, e não no passado ou no futuro quando o agora for desagradável. Quando for necessário pensar no passado e no futuro, pense somente o suficiente. Se for necessário pensar no presente, só o suficiente, tudo isso embasado em intenções benéficas. Quando não houver muito o que fazer, deixe a mente repousar, solte tudo e permita a falação cessar - mas não desapegue pensando quando Samadhi surgirá, isso é Ansiedade e Inquietação. Como Ajahn Brahm diz, "fique contente com a mente inquieta e ela para", isto é, apenas não alimente nem tente expulsar a mente inquieta, desapegue dela e deixe-a cessar de acordo com o seu tempo. Assim, Virtude e Meditação nos ajudam a recondicionar. Com condicionamentos benéficos, vemos as coisas como vêm a ser e, com isso, o Incondicionado!  Reverência 
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Mensagem anonimo - luciano tadeu EmptyQui 26 Dez 2013 - 21:16

Excelente !!! Muito obrigado pela generosidade e bondade, percebe-se um esforço e dedicação sincera da sua parte em querer ajudar e procurar responder da melhor maneira, parabéns, continue assim, é inspirador, com certeza seus comentários me ajudaram. abraços e sucesso aí pra vc. obrigado.


Última edição por luciano tadeu em Sáb 4 Jan 2014 - 17:08, editado 1 vez(es)
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Mensagem anonimo - luciano tadeu EmptySex 3 Jan 2014 - 18:36

Obrigado Luciano, é uma alegria para mim e para minha prática ajudar na medida do possível e sempre reforçar minha Atenção Plena e Memória escrevendo sobre a prática do Dhamma!  Feliz 
Aliás, esses dias eu entestei com uma dificuldade na prática e lembrei de você. Eu estava com um apego em mente e eu fiquei fazendo essas reflexões das desvantagens do Apego e recompensas da Renúncia e o desconforto não ia embora, e eu comecei a ficar ansioso (Inquietação e Ansiedade!) além de alimentar Má Vontade comigo mesmo. Eu queria que o apego sumisse imediatamente depois da reflexão, mas não sumia!!! Comecei a ficar impaciente até eu perceber que estava fazendo tudo errado [rs].
Lembrei do que Ajahn Brahm diz de "letting go" (desapegar). Ele diz que "letting go" está junto com "letting be" (deixar estar), isto é, soltar o Apego e deixa-lo estar sem alimentá-lo, até que ele cesse sozinho. Só que eu o soltava e no momento seguinte já o agarrava querendo jogá-lo longe (na verdade eu acho que o certo é dizer que eu quase o soltava  Entre aspas! ) - eu estava alimentando Aversão sem perceber e estava desejoso por silêncio na mente - e desejar Samadhi assim é errado [rs]. Você já deve saber, visto que fez retiros. Então eu fiz as reflexões de novo para afrouxar o Apego e quando terminei a reflexão eu sorri e alimentei Contentamento. O apego ficou ainda lá latejando, mas dessa vez a minha mente não estava sendo puxada a ele por causa da reflexão que usei para ensiná-la o que de fato é sofrimento e o que de fato é felicidade. E parei de alimentar aversão, em vez disso alimentei Contentamento por desapegar - simplesmente por ter soltado, independente do Apego ter continuado ali ou não. Não importava para mim se o pensamento inábil estava ali ou não, eu estava inclinando a minha mente para esse Contentamento por ter percebido, para esse Contentamento por ter desapegado; porque aquela tendência de espantar a Atenção Plena que eu tinha estava voltando, então estava contente por estar percebendo.
A mente voltou a se envolver algumas vezes e eu a colocava no lugar e sorria, ou estimulava o sentimento de Contentamento, ou refletia "Isso é que é conducente a Paz.", e logo o Apego sumiu.
Lembrei de você porque acho isso outra coisa essencial para não desanimarmos na prática diária. Nós fazemos a reflexão, fazemos o Esforço Correto e soltamos. Se o Apego não some logo ou se não surge Samadhi desanimamos, e uma hora desistimos; depois voltamos a meditar. Tentamos de novo, desanimamos e paramos de novo. Isso porque estamos nos condicionando a ficar contentes só quando vem Samadhi, só quando vem o silêncio. Mas se nos condicionarmos a ficar Contentes simplesmente por soltar, vamos ser menos dependentes do tempo que o Apego demora para cessar, e a prática será ainda mais atraente. O Contentamento não dependerá apenas de quando os frutos vierem, mas também pelo simples ato de plantar a árvore. Se a plantarmos com desânimo e só ficarmos felizes quando os frutos chegarem, nunca vamos ter paciência e dedicação. Mas se aprendermos a gerar alegria simplesmente por plantar, simplesmente por garantir as causas para uma árvore crescer (ou seja, garantir as causas para que a mente reconheça o sofrimento nos Apego e largue) nós vamos desanimar com o tempo. Acho isso muito bom para lidar com Impaciência, Má Vontade e Ansiedade e Inquietação. Quis compartilhar, quem sabe ajude!
Assim como ler sobre o que eu disse da prática foi inspirador, escrever também o é muito. Por isso espero que esse Fórum possa ser usado para estimular Fé, Esforço e Contentamento para vários praticantes.
E para reforçar como é importante estar Contente simplesmente por desapegar, deixando o Apego cessar sozinho, cá me lembro de um texto de Ajahn Brahm:
[Ajahn Brahmavamso]: "Não se trata do que é experimentado na meditação, o que muda é como a meditação é experimentada. Se estivermos aborrecidos, estaremos contentes com isso? Se realmente estivermos contentes, o aborrecimento não durará.
Toda inquietação é uma tentativa de fuga. Fuga através do que? Através do descontentamento. Se estivermos descontentes com a nossa inquietação, esta estará sendo alimentada. Se estivermos felizes por estar aqui com essa mente velha e estúpida, então a mente para."
- (retirado de Contentamento - acessoaoinsight)
Se o Contentamento vier simplesmente de desapegar, não importa a que momento Samadhi virá, o Contentamento base surge apenas por soltar. Só assim quando há esse Contentamento desprovido de ansiedade pela vinda de Samadhi é que há espaço para ele vir, não é? [rs]
Sucesso para você também!  Reverência 
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Mensagem anonimo - luciano tadeu EmptySáb 4 Jan 2014 - 15:07

Muito obrigado Administrador, seus comentários são sempre muito benéficos.
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