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Budismo - Sangha Online
DÚVIDAS SOBRE O BUDISMO?
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O que o budismo (ou budistas) pensa(m) sobre os ensinamentos de Carlos Castaneda? Para o autor em questão, o principal é conseguir a liberdade, o que só seria alcançada com a iluminação, o que parece um pouco com o budismo, na minha visão. Entretanto, vislumbro diversos pontos geradores de dúvidas. Vejamos:
1)Castaneda quase não fala sobre reencarnação, dando mais atenção ao momento atual, com o peso da morte que é iminente a cada instante;
2) Castaneda não tem preocupação com a moralidade, ou seja, em seguir os padrões de comportamento esperados pela maioria ou ser visto como "bonzinho". Focaliza a sua atenção no que ele chama de impecabilidade, ou seja, deve-se buscar fazer as coisas da melhor forma possível, consumindo o mínimo de energia com cada ação e seguindo a orientação do "espírito". Já soube de mestres budistas que não estão muito preocupados com a moralidade também, mas não sei o que o budismo pensa acerca disso;
3) Castaneda diz que a mente humana tem duas "camadas": uma que seria a mente real e a outra seria uma "instalação alienígena" que buscaria manter o homem preso a padrões emocionais e mentais que seriam o alimento de tal entidade alienígena. O budismo fala algo sobre isso?
Agradecendo a atenção, gostaria da opinião de todos.
abs!
Mente Purificada
Idade : 33
Define-se budista? : Sim
Mensagens : 87
Qua 13 Ago 2014 - 19:22
É a primeira vez que vejo o nome de Carlos Castaneda. Infelizmente não posso te ajudar muito.
1) O Budismo não ensina a reencarnação, o Budismo acredita no renascimento. http://www.acessoaoinsight.net/arquivo_textos_theravada/abc_budismo.php#reencarnacao
Budistas também se preocupam com o momento presente. “Que ninguém reviva o passado ou no futuro coloque as suas esperanças; pois o passado foi deixado para trás e o futuro ainda não foi alcançado. Ao invés disso, que ele veja com insight cada estado surgido no presente; que ele compreenda isso e tenha certeza disso, invencível, inabalável. Hoje o esforço tem que ser feito; amanhã a Morte poderá vir, quem sabe? Não há barganha com a Mortalidade que a mantenha, com a sua horda, fora disso, mas aquele que permanece assim ardente, decidido, durante o dia, durante a noite - é ele, disse o Sábio em Paz; que teve uma única noite excelente.
http://www.acessoaoinsight.net/sutta/MN131.php
2) Sila, (virtude, conduta moral), é a base sobre a qual todo o Nobre Caminho Óctuplo se apóia. http://www.acessoaoinsight.net/caminho_liberdade/virtude.php
3) Eu não entendi direito, mas isso me fez lembrar das camadas de consciência ensinada pelo monge zen Thich Nhat Hanh. http://www.viverconsciente.com/textos/como_mente_funciona.htm
A mente é um continuum sem forma, que tem como função perceber e entender os objetos. Sendo, por natureza, algo sem forma, ou não corpóreo, ela não pode ser obstruída por objetos físicos... http://kadampa.org/pt/reference/o-que-e-a-mente/
Nas palavras de Thich Nhat Hanh: "Nós temos a tendência de pensar na mente como “aqui dentro” e no mundo como “lá fora”, a mente como subjetiva e o mundo, o corpo, como objetivo. Buda ensinou que mente e objeto da mente não existem separadamente, eles interexistem. Sem este, o outro não pode ser. Não há observador sem o observado. Objeto e sujeito se manifestam juntos. Geralmente quando pensamos em mente, pensamos somente em consciência mental. Mas mente não é apenas consciência mental, ela também é manas, ela também é consciência armazenadora.
Podemos nos treinar para ver o nosso corpo como um rio, e a nossa mente como parte daquele mesmo rio, sempre fluindo, sempre mudando. De acordo com a psicologia budista, o maior dos obstáculos à nossa habilidade de ver a realidade claramente é a nossa tendência de ficar muito envolvido na noção do sujeito ser algo diferente do objeto, e objeto ser algo independente do sujeito. Este modo de olhar se tornou um hábito, um padrão influenciador do nosso pensamento e comportamento.
Quando eu era um jovem noviço, nós estudávamos que a consciência possui três partes. A primeira e a segunda partes são: darshana, o observador, e nimita, o observado – isto é, o sujeito e o objeto. Sujeito e objeto se apóiam um no outro para se manifestar. Se você acredita que sujeito pode existir sem objeto, este é o maior dos erros. Temos a tendência de acreditar que o sujeito de cognição, a nossa mente, é algo que pode existir separadamente e independentemente do objeto de cognição, ou objeto da experiência. E nós acreditamos que o objeto de cognição, o que está lá fora, é algo que existe separado do sujeito de cognição...
No ensinamento budista, uma vez que a mente não é localizável, ela não pode morrer, ela só pode se transformar. Você continua no meio ambiente. A consciência armazenadora, os seus pensamentos, a sua fala e as suas ações fazem surgir o fruto do carma, que é composto de você e do seu meio ambiente. Você e o seu meio ambiente são um e criam o seu carma. Podemos assegurar um belo futuro tomando conta dos nossos pensamentos, da nossa fala e das nossas ações. Você tem o poder de se mudar por dentro, e você tem o poder de mudar você mudando o seu meio ambiente. Cuidar de você significa cuidar do seu corpo e cuidar do seu meio ambiente. Não é verdade que os genes determinam tudo. Ao produzir os seus pensamentos, falas e ações você cria o seu meio ambiente. Você sempre tem a oportunidade de se organizar e organizar o seu meio ambiente de modo a aguar as sementes positivas dentro de si. Este é o segredo da felicidade".
Gostaria de saber de onde você tirou a informação de que existem mestres budistas que não se preocupam com a moralidade e quais são os nomes destes mestres.
Espero ter ajudado em algo.
amorimdeaguiar
Define-se budista? : Não
Mensagens : 4
Qui 14 Ago 2014 - 0:33
Antes de tudo, agradeço a resposta do colega! E pela a ajuda. Vou ler e reler a sua resposta e acompanhar os links para aprender mais.
Entretanto, acredito não ter sido compreendido quando me referi à "preocupação com a moralidade".
A culpa, com certeza, é minha por não ter perguntado com a clareza necessária.
O que eu quis dizer que a preocupação principal, segundo Castaneda, é com a impecabilidade e não com o que os outros pensam. A utilização do termo moralidade foi nesse sentido. Antes de saber se os mestres budistas (ou alguns) dizem algo parecido ou não, acho que é melhor esclarecer o que eu quero dizer, para que seja possível alguma comparação pois, como você disse acima, desconhece o pensamento de Castaneda.
Melhor do que uma explicação minha, é a do próprio Castaneda: ver link https://pt-br.facebook.com/caminhodoguerreiro/posts/634082969963490
Quanto a onde eu ouvi falar em mestre não muito preocupado com questões de moralidade, mas com algo parecido com a impecabilidade, já tinha ouvi histórias de mestres, principalmente no ensino de Koans, até mesmo no rigoroso tratamento de discípulos, mas desses, infelizmente, não recordo a fonte. Recordo, também, que já ouvi falar, como exemplo disso, no mestre da monja Pema Chodron. Vi referência em um livro dela própria, não lembro qual, mas coloco dois links sobre ele abaixo:
Antes de avançar na mensagem, gostaria de esclarecer que não estou atacando nem de maneira nenhuma falando mal de ninguém.
Quero aprender, juntando informações de fontes diversas, já que a sabedoria não está em confiar cegamente no que alguém diz, mas em buscar dentro de si.
Colocando no contexto apropriado, o que estou perguntando é se existe algo no budismo parecido com o conceito de impecabilidade, conforme o texto acima, do próprio Castaneda.
abs!
Mente Purificada
Idade : 33
Define-se budista? : Sim
Mensagens : 87
Dom 17 Ago 2014 - 22:09
lamento, mas eu não consegui fazer relação com esse conceito de impecabilidade. Também desconheço o 'crazy wisdom'. Li todos os links que você passou mas eu ainda não sei como responder ao certo.
[edit] Encontrei um vídeo no youtube que fala sobre o crazy wisdom. Louca Sabedoria: A Vida de Chogyam Trungpa Rinpoche - Português [Legendas Atualizadas]
Última edição por Mente Purificada em Ter 7 Out 2014 - 14:59, editado 1 vez(es)
amorimdeaguiar
Define-se budista? : Não
Mensagens : 4
Dom 17 Ago 2014 - 22:45
obrigado, também não tenho as respostas, mas acredito que seja útil fazer as perguntas. Acho que o dialogo entre diversas sabedorias enriquece todas.
abs!
Esteban
Define-se budista? : Sim
Mensagens : 14
Seg 1 Set 2014 - 15:28
Olá Amorim! tudo bem!? espero que sim.
Eu também não tinha ouvido falar dessa pessoa, mas por esta frase:
3) Castaneda diz que a mente humana tem duas "camadas": uma que seria a mente real e a outra seria uma "instalação alienígena" que buscaria manter o homem preso a padrões emocionais e mentais que seriam o alimento de tal entidade alienígena. O budismo fala algo sobre isso?
"Instalação Alienígena"?
Não confie muito no que ele diz, isso não tem nada a ver com Budismo.
Uma das principais coisas que temos que encontrar quando começamos a estudar o Budismo são guias espirituais Qualificados. Atisha foi um mestre de renome do Tibet que viveu no ano 500 d.c veja o que ele dizia:
"Amigos, até que atinjam a iluminação, o mestre espiritual é indispensável; logo, confiem no sagrado Guia Espiritual.Até que realizem a verdade última, ouvir é indispensável; logo, ouçam as instruções do Guia Espiritual."
Abraços!
amorimdeaguiar
Define-se budista? : Não
Mensagens : 4
Qua 3 Set 2014 - 21:15
Pois é! Seguir um sistema, sem o conhecimento por experiência própria, é sempre questão de fé.
Já vi em uma palestra budista a definição de fé como sendo "sabedoria emprestada". Achei bem pertinente.
Não considero que seja uma decisão sabia julgar e deixar, de antemão, uma linha de sabedoria (Castaneda) porque alguns conceitos parecem não se enquadrar, à primeira vista, com os de outra linha de sabedoria (budismo).
Talvez o melhor a fazer seja vivenciar ambas, na medida do possível, já que a verdade é uma só.
Por outro lado, considero impressionante o conceito da mente alienígena, sob vários aspectos. Tal ideia desperta a atenção de muitas pessoas, como se existisse uma verdade subjacente. Por exemplo, em filmes como matrix (o primeiro), tem-se uma sensação de que existe algo de verdadeiro além.
Por outro lado, qual seria a razão de ser de vida de disciplina, pregada pelo budismo, de se buscar observar a mente por intermédio da meditação?
Não sei qual é a verdade, mas não descarto a teoria da mente alienígena (pra mais informações, leia "O lado ativo do infinito" de Carlos Castaneda). Esse livro tem um capítulo sobre o tema que é muito interessante.
Mente Purificada
Idade : 33
Define-se budista? : Sim
Mensagens : 87
Qui 4 Set 2014 - 17:09
Isso me fez lembrar da diferença que existe entre a verdadeira natureza da mente e a mente ordinária. Leia estas palavras de Sogyal Rinpoche: "Às vezes quando medito não uso nenhum método específico. Apenas deixo que minha mente descanse, descobrindo, especialmente quando estou inspirado, que posso trazê-la para casa e relaxar bem depressa. Sento quieto e descanso na natureza da mente. Não me interrogo ou levanto dúvidas sobre se estou no estado “correto” ou não. Não há esforço nenhum, apenas uma rica compreensão, um estado desperto e uma certeza inabalável. Quando estou na natureza da mente, a mente ordinária não está mais ali. Não há necessidade de manter ou confirmar a percepção de ser: eu simplesmente sou. Uma confiança fundamental está presente. Não há nada especial a fazer." http://www.shunya.com.br/shunya/blog/?p=666
Algumas palavras de shunryu suzuki que pode ser úteis: "A mente grande na qual devemos confiar não é algo que se possa experimentar objetivamente...A mente verdadeira é a mente observadora... A única maneira de estudar a mente pura é através da prática. Nossa natureza mais profunda quer algum meio, algum veículo pelo qual expressar-se e realizar-se... Devemos confiar na mente grande que está sempre conosco. Temos de ser capazes de apreciar as coisas como uma expressão da mente grande. Isto é mais do que fé. É a verdade última que não pode ser rejeitada...Se tiver essa confiança firme em sua mente grande, já é um budista em seu verdadeiro sentido, mesmo que não alcance a iluminação..." http://www.nossacasa.net/SHUNYA/default.asp?menu=90
acho que precisamos descrever melhor o que seria essa mente alienígena.
Convidado
Ter 23 Set 2014 - 3:31
Conheço os livros do "Carlos Castañeda" e segundo algumas fontes, ele seria um pseudônimo usado por um autor e jornalista brasileiro que teve a mesma idéia do Paulo Coelho para ganhar dinheiro (escrever livros sobre ocultismo, espiritualidade e magia, com pitadas de realismo fantástico), só que muito antes deste. O Castañeda fez sucesso na época do hippies e do Woodstock, porque falava do uso de drogas alucinógenas como o peiote, por exemplo, para "expandir" a conciência. Inventou uma estória mirabolante sobre um "indío tolteca" mexicano chamado Don Juan (El Brujo) que se tornou seu "guru" e lhe ensinou a usar os "elementais" das plantas alucinógenas como "aliados". Na boa, meu amigo, pula fora desta fantasia, porque esta barca é furada. Estando "chapado" ou com a mente confusa, qualquer um vê "gnomo aliado" aonde bem quiser...
O Budismo é justamente o oposto de tudo isso, porque te ensina a cortar os devaneios mentais e o excesso de fantasia mística delirante. Também é um preceito de treinamento budista a abstenção do uso de entorpecentes mentais. A mente desperta é acima de tudo uma mente pura e límpida como um diamante ou lago sereno, não uma mente turvada pela paranóia, confusão, caos, fantasia e alienação.
A grande "jornada" ou "aventura" do caminho budista é descobrir a verdade sobre o universo e sobre nós mesmos. Uma verdade que nos liberta do sofrimento e de todas as ilusões. Que nos torna senhores de nossa mente e de nós mesmos. O Budismo me ensinou a aquietar a minha mente, a "parar" e a ver a tudo com calma e de maneira serena. Comecei a me sentir plenamente vivo, como nunca antes havia sentido (porque estava sempre correndo atrás de coisas impermanentes e da ilusão de que ao possuir isso me deixaria feliz e satisfeito), a ver os detalhes na minha vida e na natureza que nunca antes havia percebido, como as ranhuras de uma simples folha, o toque do vento em meu rosto, a beleza indescritível de um por do sol, do mar ou de uma "simples" flor, com atenção plena, com samadhi (êxtase, felicidade profunda, gratidão e compreensão profundas, simplesmente pelo fato de estar vivo). O prêmio deste esforço e desta busca é a auto-realização, é se sentir pleno e realizado em si mesmo, sem ser por causa de nada externo a você. Algo que pode ser ganho e depois perdido.
Medite, conheça a si mesmo, e permaneça em paz.
Convidado
Ter 23 Set 2014 - 12:28
Algo que a maioria das pessoas leva um tempo a perceber é que a maioria dos pseudo-gurus modernos copiaram muitos dos ensinamentos do Buda para poder dar uma impressão que o seu ensinamento é power.
A maioria dos falsos gurus modernos ficam falando de iluminação, despertar, atenção no aqui e agora, meditação, vencer o falso ego, etc. Plagiam muita coisa do Budismo, mas o deturpam, misturando-o com sufismo, taoismo, hinduismo, cabala, cristianismo, etc. Assim, uma falsa doutrina, que nada mais é que uma salada de fruta, ou uma pitada de todo tipo de ensinamento religioso é criada.
Porque na verdade o Budismo é o ensinamento "religioso" mais profundo, mais sutil, mais psicológico e filosófico que existe. Não há outra religião na face da terra que tenha conseguido se aproximar do Budismo nestas questões, por isso muitas destas, para poder competir com o Budismo, como é o caso do hinduismo e do taoismo, tiveram de copiar ou plagiar o Budismo na maior cara de pau. Advaita Vedanta por exemplo, é Budismo disfarçado de vedanta (Gaudapada, o mestre do mestre de Shankara, foi um budista). A meditação taoista ou a organização do taoísmo em templos e monastérios é plagio do Budismo.
Precisamos deixar de ser ingênuos a ponto de ler ou ouvir um ensinamento do Castañeda, Gurdjieff, Eckarth Tolle, Krishnamurti, Osho, e acreditar que este ensinamento se parece muito com o Budismo. Não se parece, é copia descarada mesmo. E foi plagiado e modificado um pouco para parecer um ensinamento original.
O Buda Siddharta Gautama teve de renunciar ao convívio com a sua família e a sua confortável vida palaciana, colocou sua vida em risco ao praticar as formas mais rígidas de ascetismo de seu tempo, experimentou inúmeros tipos de meditação, e redescobriu por conta própria a atenção plena e a Vipassana. Agora, depois de 2.500 anos, fica fácil para qualquer sujeito, sem nenhum tipo de sacrifício pessoal, ir numa livraria ou biblioteca, ler os ensinamentos do Buda, e depois copiarem este ensinamentos, virarem "gurus" new age e fingirem que estes ensinamentos "são deles", ou que o seu ensinamento é "power".
Copiando o que o Buda disse, qualquer ensinamento moderno fica "power".
Convidado
Ter 23 Set 2014 - 12:49
Um exemplo claro do plágio descarado em cima do Budismo é um video do You Tube onde o Krishnamurti dialoga com alguns Budistas. O video é dividido em 4 partes, mas na parte 1, o Dr. Rahula, um budista theravada, que percebeu a semelhança da maioria dos ensinamentos do Krishnamurti com os ensinamentos do Buda, ou seja, de onde o ensinamentos de Krishnamurti foram extraídos, explica, um a um, de que partes do cânone pali, ou de que tipo de ensinamento do Buda Gotama um determinado ensinamento do J. Krishnamurti foi copiado.
Krishnamurti foi treinado e educado desde pequeno para ser lançado como o "avatar" teosófico, o avatar da nova era, a "segunda vinda do Cristo", "Buda Maitreya", e o que mais você quiser. Fingiu romper com a Sociedadade Teosófica, mas foi sustentado a vida toda pelos membros mais ricos da Sociedade Teosófica. Nunca precisou trabalhar, acordar cedo para ralar, como muitos de nós. Não. Tinha casa na Califórnia e na Índia, caríssimos carros da Mercedes, e ternos dos mais fino corte. Sentava embaixo de árvores frondosas para ensinar naquela pose estudada ao estilo Buda.