Meu nome é Durval Bessoni, casado, aposentado, 72 anos, estudante de misticismo desde a juventude. Meus primeiros contatos com o budismo foram através das poucas publicações que existiam na época.
Há menos de um ano lidei com a partida de um irmão vitimado pelo câncer e num momento de angústia e sofrimento vivenciei um estado de consciência onde havia paz e serenidade absoluta onde a vida e a morte perderam completamente o sentido. Só havia uma paz imensa. Esse estado de consciência durou uma fração de segundos porém foi forte e impressionante. Daí decidi que queria sentir aquele estado novamente e desde então me movimentei intensamente na busca de conhecimento. E achei no budismo o caminho para minha vida.
Estou indo com calma. Praticando e estudando.O caminho é longo mas é isso o que desejo para minha vida. Obrigado por me receberem nessa comunidade. 
Muita paz.
Durval Bessoni

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Morte foi um dos sinais que motivaram o Buddha a buscar um caminho espiritual. E o caminho que ele encontrou dentro de si mesmo e compartilhou para que os outros também pudessem realizá-lo leva a uma compreensão mais profunda sobre o que é a vida e sobre o que é a morte. Espero do fundo do coração que você possa desenvolver esse caminho na sua mente até a completude.
Nascimento e morte são coisas que ocorrem em todos os instantes, no final das contas. Se desejamos um em detrimento do outro, sofremos. Agora, se entendemos que um é inseparável do outro, então podemos acolher a vida, em sua inteireza. E quando entendemos que essa inteireza da vida não é uma coisa compacta, mas é um processo em que os fenômenos ficam se revolvendo, ficam mudando, então podemos entender porque o Buddha reconheceu que nada é digno de ser apegado - porque experiências e preferências mudam. Tanto o que vivenciamos muda, como o que gostamos ou odiamos. Então, não adianta levar essas coisas tão a sério, porque é certo que elas vão mudar. Só então o sentido da vida deixa de ser correr atrás de experiências (que mudam), baseados em nossas preferências (que mudam), para usar o mundo por generosidade e deixá-lo, quando for o momento. Isso é harmonizar-se com a natureza. Isso é a paz que tudo acolhe. Isso é a mente que não se agita - porque uma mente com poucas necessidades, que é fácil de satisfazer, que reconhece que não há descanso no desejo, essa mente nunca se agita. É imperturbável. É serena. É acolhedora. Qualquer coisa é boa o suficiente para ela. Seja nascimento ou morte, juventude ou velhice, saúde ou doença... é apenas a vida se revolvendo. Aqueles que correm pela vida baseados no desejo/aversão nunca acham descanso. Aqueles que dão o seu melhor, deixando cada fenômeno vir e ir de acordo com a sua própria natureza, são aqueles que entendem o que é equanimidade. Essa é uma qualidade que vale a pena desejar a todos os seres. Desejo a você também! 

Obrigado pelo carinho administrador.Muita paz1